segunda-feira, 19 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
terça-feira, 6 de novembro de 2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Dentre
todos os tópicos da Bíblia, talvez a marca da besta seja o que mais tem
suscitado especulações e argumentações ridículas e bombásticas. Cristãos e não
cristãos debatem o significado de seu valor numérico. Mas o que diz, realmente,
o texto bíblico?
O Número
666: Marca Registrada da Tribulação?
A questão
central da Tribulação é: Quem tem o direito de governar, Deus ou Satanás? Deus vai provar que é Ele quem tem esse direito. Pela primeira e única
vez na história, as pessoas terão uma data limite para aceitarem o Evangelho.
Por enquanto, todos podem aceitar ou rejeitar essa mensagem em diferentes
momentos da vida; alguns o fazem na infância, outros no início da fase adulta,
outros na meia-idade, e alguns até na velhice. Mas, quando vier a Tribulação,
as pessoas terão que tomar essa decisão de forma imediata ou compulsória por
causa da marca da besta, de modo que toda a humanidade será deliberadamente
dividida em dois segmentos. O elemento polarizador será precisamente a marca da
besta.
A Bíblia
ensina que o líder da campanha em defesa da marca da besta será o falso
profeta, que está ligado à falsa religião (Ap 13.11-18). Apocalipse 13.15 deixa
claro que o ponto-chave em tudo isso é adorar "a imagem da besta". A
marca da besta é simplesmente um meio de forçar as pessoas a declararem do lado
de quem estão: do Anticristo ou de Jesus Cristo. Todos terão que escolher um
dos lados. Será impossível manter uma posição neutra ou ficar indeciso com
relação a esse assunto. A Escritura é muito clara ao afirmar que os que não
aceitarem a marca serão mortos.
|
O falso profeta vai exigir uma
"marca" em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" – não a esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap
13.16).
|
Toda a
humanidade será forçada a escolher um dos lados:"...todos, os pequenos
e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos" (Ap 13.16). O Dr. Robert Thomas comenta que essa construção retórica "abrange
todas as pessoas, de todas as classes sociais, [...] ordenadas segundo sua
condição financeira, [...] abrangendo todas as categorias culturais [...]. As
três expressões são um recurso estilístico que traduz universalidade".[1]
A Escritura é muito específica. O falso profeta vai exigir uma
"marca" em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" – não a
esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap
13.16).
A palavra
"marca" aparece em muitas passagens da Bíblia. Por exemplo, ela é
usada várias vezes em Levítico, referindo-se a um sinal que torna o indivíduo
cerimonialmente impuro, e está geralmente relacionada à lepra. É interessante
notar que o modo como Ezequiel 9.4 usa a ideia de "marca" é
semelhante ao de Apocalipse: "E lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e
marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas
as abominações que se cometem no meio dela". Nessa passagem, o sinal serve para preservação, assim como o sangue
espalhado nas ombreiras das portas livrou os hebreus durante a passagem do anjo
da morte, como relata o Livro do Êxodo. Em Ezequiel, a marca é colocada na
fronte, semelhantemente à do Apocalipse. Todas as sete ocorrências da palavra
"marca" ou "sinal" (gr. charagma) no Novo
Testamento em grego, encontram-se no Livro do Apocalipse, e todas se referem à
"marca da besta" (Ap 13.16,17; 14.9,11; 16.2; 19.20; 20.4). O Dr.
Thomas explica o significado desse termo na Antiguidade:
A marca
deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os
soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os
seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para
mostrar que serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor
(221-203 a.C.) marcava com o desenho de uma folha de trevo os judeus que se
submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão ao deus Dionísio (cf. 3
Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar marcas para
tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf. Isaías 44.5), e também a
prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário
(cf. Gl 6.17). O termo charagma ("marca")
também era usado para designar as imagens ou nomes dos imperadores, cunhadas
nas moedas romanas e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da
besta colocado sobre as pessoas.[2]
Alguns se
perguntam por que foi usado um termo tão específico para designar a marca do
Anticristo. Essa marca parece ser uma paródia do plano de Deus, principalmente
no que se refere aos 144.000 "selados" de Apocalipse 7. O selo de
Deus sobre Suas testemunhas muito provavelmente é invisível e tem o propósito de
protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o Anticristo oferece proteção contra
a ira de Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e sua marca
é visível e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão
voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão certo orgulho de terem, em
essência, a Satanás como seu dono. O Dr. Thomas afirma: "A marca será
visível e identificará todos os que se sujeitarem à besta".[3]
Uma
Identificação Traiçoeira
|
Verificação
da identidade pela leitura da íris. O Anticristo fará uso da moderna
tecnologia.
|
Além de
servir como indicador visível da devoção ao Anticristo, a marca será a
identificação obrigatória em qualquer transação comercial na última metade da
Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de todos os tiranos da história
– exercer um controle tão absoluto sobre seus vassalos a ponto de decidir quem
pode comprar e quem pode vender. O historiador Sir William Ramsay comenta que
Domiciano, imperador romano no primeiro século, "levou a teoria da divindade
Imperial ao extremo e encorajou ao máximo a ‘delação’; [...] de modo que, de
uma forma ou de outra, cada habitante das províncias da Ásia precisava
demonstrar sua lealdade de modo claro e visível, ou então era imediatamente
denunciado e ficava impossibilitado de participar da vida social e de exercer
seu ofício".[4] No futuro, o Anticristo aperfeiçoará esse sistema com o
auxílio da moderna tecnologia.
Ao longo
da história, muitos têm tentado marcar certos grupos de pessoas para o
extermínio, mas sempre houve alguns que conseguiram achar um meio de escapar.
Porém, à medida que a tecnologia avança, parece haver uma possibilidade cada
vez maior de bloquear praticamente todas as saídas. Essa hipótese é reforçada
pelo emprego da palavra grega dunétai –
"possa" (Ap 13.17), que é usada para transmitir a idéia do que
"pode" ou "não pode" ser feito. O Anticristo não permitirá
que alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a
implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o
dinheiro vivo como meio de troca. O controle da economia, ao nível individual,
através da marca, encaixa-se perfeitamente no que a Bíblia diz a respeito do
controle do comércio global pelo Anticristo, delineada em Apocalipse 17 e 18.
A segunda metade
de Apocalipse 13.17 descreve a marca como "o nome da besta ou o número do seu nome". Isso significa que "o número do nome da besta é absolutamente
equivalente ao nome, [...]. Essa equivalência indica que, como nome, ele é
escrito com letras; mas, como número, é o análogo do nome escrito com
algarismos".[5] O nome do Anticristo será expresso numericamente como
"666".
Calculando
o Número
|
O Anticristo não permitirá que
alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a
implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o
dinheiro vivo como meio de troca.
|
Nesse
ponto da profecia (Ap 13.18), o apóstolo João interrompe momentaneamente a
narrativa da visão profética e passa a ensinar a seus leitores a maneira
correta de interpretar o que havia dito. Uma leitura do Apocalipse demonstra
claramente que os maus não entenderão o significado, porque rejeitaram a Jesus
Cristo como Senhor e Salvador. Por outro lado, os demais que estiverem
atravessando a Tribulação receberão sabedoria e entendimento para que possam
discernir quem é o Anticristo e recusar a sua marca. A Bíblia deixa claro que aqueles
que receberem a marca da besta não poderão ser salvos (Ap 14.9-11; 16.2; 19.20;
20.4) e passarão a eternidade no lago de fogo. O fato de João usar essa
passagem crucial para transmitir sabedoria e entendimento aos crentes, com
relação a um assunto de consequências eternas, mostra que Deus proverá o
conhecimento necessário para que o Seu povo possa segui-lO fielmente.
Mas o que
essa sabedoria e esse conhecimento permitem que os crentes façam? A passagem
diz que podemos "calcular". Calcular o quê? Podemos calcular o número
da besta.
O
principal propósito de alertar os crentes sobre a marca é permitir que eles
saibam que, quando em forma de número, o "nome" da besta será 666.
Assim, os crentes que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for
sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão direita, deverão
rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a morte. Outra conclusão que podemos
tirar é que qualquer marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a
marca da besta que deve ser evitada.
Portanto,
não há motivo para os cristãos de hoje encararem o número 666 de forma
supersticiosa. Se o nosso endereço, número de telefone ou código postal incluem
esse número, não precisamos ter medo de que algum poder satânicos ou místicos
nos atingirá. Por outro lado, temos que reconhecer que muitos ocultistas e
satanistas são atraídos por esse número por sua conexão com a futura
manifestação do mal. Porém, o número em si não tem poderes sobrenaturais.
Quando um crente acredita nisso, já caiu na armadilha da superstição. A Bíblia
ensina que não há nenhum motivo para atribuir poderes místicos ao número 666.
A Carroça
na Frente dos Bois
Muitos têm
tentado descobrir a identidade do Anticristo através de cálculos numéricos.
Isso é pura perda de tempo. A lista telefônica está cheia de nomes que poderiam
ser a solução do enigma, mas a sabedoria para "calcular" o nome não é
para ser aplicada agora, pois isso seria colocar a carroça adiante dos bois.
Esse conhecimento é para ser usado pelos crentes durante a Tribulação.
Em 2
Tessalonicenses 2, Paulo ensina que, durante o presente era da Igreja, o
Anticristo está sendo detido. Ele será "revelado somente em ocasião
própria" (v.6). Ao
escolher a palavra “revelada”, o Espírito Santo quis indicar que a identidade
do Anticristo estará oculta até a hora de sua revelação, que ocorrerá
em algum momento após o Arrebatamento da Igreja. Portanto, não é possível saber quem é o Anticristo antes da
"ocasião própria". O
Apocalipse deixa bem claro que os crentes saberão na hora certa quem é o
Anticristo.
Como
apontamos acima, o Apocalipse não deixa dúvida de que durante a Tribulação
todos os crentes saberão que receber a marca da besta será o mesmo que rejeitar
a Cristo. Durante a Tribulação, todos os cristãos terão plena consciência disso
onde quer que estejam. Nenhuma das hipóteses levantadas no passado, ou que
venham a serem propostas antes da Tribulação, merece crédito.
Apocalipse
13.17-18 diz claramente que o número 666 será a marca que as pessoas terão que
usar na fronte ou na mão direita. Em toda a história, ninguém jamais propôs a
utilização desse número em condições semelhantes às da Tribulação, de modo que
todas as hipóteses já levantadas a respeito da identidade do Anticristo podem
ser descartadas.
O mais
importante nessa passagem é que podemos nos alegrar em saber que a
identificação do futuro falso Cristo ainda não é possível, mas o será quando
ele ascender ao trono. Com certeza, aquele a quem o número 666 se aplica é
alguém que pertence a uma época posterior ao período em que João viveu, pois
ele deixa claro que alguém iria reconhecer esse número. Se nem a geração de
João nem a seguinte foram capazes de discerni-lo, isso significa que a geração
que poderá identificar o Anticristo forçosamente estava (e ainda está) no
futuro. No passado, houve várias figuras políticas que tipificaram
características e ações desse futuro personagem, mas nenhum dos anticristos
anteriores se encaixa perfeitamente no retrato e no contexto do Anticristo do
final dos tempos. [6]
A Relação
entre Tecnologia e a Marca da Besta
Muitos têm
feito as mais variadas hipóteses sobre a marca da besta. Alguns dizem que ela
será como o código de barras utilizado para identificação universal de
produtos. Outros imaginam que seja um chip implantado sob a pele, ou uma marca
invisível que possa ser lida por um scanner. Contudo,
essas conjeturas não estão de acordo com o que a Bíblia diz.
A marca da
besta – 666 – não é a tecnologia do dinheiro virtual nem um dispositivo de
biometria. A Bíblia afirma de forma precisa que ela será:
- A marca do Anticristo, identificada com sua pessoa.
- O número 666, não uma representação.
- Uma marca, como uma tatuagem.
- Visível a olho nu
- Sobre a pele, e não dentro da pele.
- Facilmente reconhecível, e não duvidosa.
- Recebida de forma voluntária; portanto, as
pessoas não serão ludibriadas para recebê-la involuntariamente.
- Usada após o Arrebatamento, e não antes.
- Usada na segunda metade da Tribulação
- Necessária para comprar e vender
- Recebida universalmente por todos os nãos
cristãos, mas rejeitada pelos cristãos.
- Uma demonstração de adoração e lealdade ao
Anticristo
- Promovida pelo falso profeta
- Uma opção que selará o destino de todos os que
a receberem, levando-os ao castigo eterno no lago de fogo.
|
A marca da besta é uma opção que
selará o destino de todos os que a receberem, levando-os ao castigo eterno no
lago de fogo.
|
Talvez na
história ou na Bíblia nenhum outro número tenha atraído tanto a atenção de
cristãos e não cristãos quanto o "666". Até mesmo os que ignoram
totalmente os planos de Deus para o futuro, conforme a revelação bíblica sabe
que esse número tem um significado importante. Escritores religiosos ou
seculares, cineastas, artistas e críticos de arte fazem menção, exibem ou
discorrem a respeito dele. Ele tem sido usado e abusado por evangélicos e por
membros de todos os credos, tendo sido objeto de muita especulação inútil.
Frequentemente, pessoas que se dedicam com sinceridade ao estudo da profecia
bíblica associam esse número à tecnologia disponível em sua época, com o
intuito de demonstrar a relevância de sua interpretação. Mas, fazer isso é
colocar "a carroça na frente dos bois", pois a profecia e a Bíblia
não ganham credibilidade ou legitimidade em função da cultura ou da tecnologia.
Conclusão
O fato da
sociedade do futuro não utilizar mais o dinheiro vivo será usado pelo
Anticristo. Entretanto, seja qual for o meio de troca substituto, ele não será
a marca dos 666. A tecnologia disponível na época da ascensão do Anticristo
será aplicada com propósitos malignos. Ela será empregada, juntamente com a
marca, para controlar o comércio (como afirma Apocalipse 13.17). Sendo assim, é
possível que se usem implantes de chips, tecnologias de escaneamento de imagens
e biometria para implementar a sociedade ornamentária do Anticristo, como um meio
de implantar a política que impedirá qualquer pessoa de comprar ou vender se
não tiver a marca da besta. O avanço da tecnologia é mais um dos aspectos que
mostram que o cenário para a ascensão do Anticristo está sendo preparado.
Dentre
todos os tópicos da Bíblia, talvez a marca da besta seja o que mais tem
suscitado especulações e argumentações ridículas e bombásticas. Cristãos e não
cristãos debatem o significado de seu valor numérico. Mas o que diz, realmente,
o texto bíblico?
O Número
666: Marca Registrada da Tribulação?
A questão
central da Tribulação é: Quem tem o direito de governar, Deus ou Satanás? Deus vai provar que é Ele quem tem esse direito. Pela primeira e única
vez na história, as pessoas terão uma data limite para aceitarem o Evangelho.
Por enquanto, todos podem aceitar ou rejeitar essa mensagem em diferentes
momentos da vida; alguns o fazem na infância, outros no início da fase adulta,
outros na meia-idade, e alguns até na velhice. Mas, quando vier a Tribulação,
as pessoas terão que tomar essa decisão de forma imediata ou compulsória por
causa da marca da besta, de modo que toda a humanidade será deliberadamente
dividida em dois segmentos. O elemento polarizador será precisamente a marca da
besta.
A Bíblia
ensina que o líder da campanha em defesa da marca da besta será o falso
profeta, que está ligado à falsa religião (Ap 13.11-18). Apocalipse 13.15 deixa
claro que o ponto-chave em tudo isso é adorar "a imagem da besta". A
marca da besta é simplesmente um meio de forçar as pessoas a declararem do lado
de quem estão: do Anticristo ou de Jesus Cristo. Todos terão que escolher um
dos lados. Será impossível manter uma posição neutra ou ficar indeciso com
relação a esse assunto. A Escritura é muito clara ao afirmar que os que não
aceitarem a marca serão mortos.
|
O falso profeta vai exigir uma
"marca" em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" – não a esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap
13.16).
|
Toda a
humanidade será forçada a escolher um dos lados:"...todos, os pequenos
e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos" (Ap 13.16). O Dr. Robert Thomas comenta que essa construção retórica "abrange
todas as pessoas, de todas as classes sociais, [...] ordenadas segundo sua
condição financeira, [...] abrangendo todas as categorias culturais [...]. As
três expressões são um recurso estilístico que traduz universalidade".[1]
A Escritura é muito específica. O falso profeta vai exigir uma
"marca" em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será "sobre a mão direita" – não a
esquerda – "ou sobre a fronte" (Ap
13.16).
A palavra
"marca" aparece em muitas passagens da Bíblia. Por exemplo, ela é
usada várias vezes em Levítico, referindo-se a um sinal que torna o indivíduo
cerimonialmente impuro, e está geralmente relacionada à lepra. É interessante
notar que o modo como Ezequiel 9.4 usa a ideia de "marca" é
semelhante ao de Apocalipse: "E lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e
marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas
as abominações que se cometem no meio dela". Nessa passagem, o sinal serve para preservação, assim como o sangue
espalhado nas ombreiras das portas livrou os hebreus durante a passagem do anjo
da morte, como relata o Livro do Êxodo. Em Ezequiel, a marca é colocada na
fronte, semelhantemente à do Apocalipse. Todas as sete ocorrências da palavra
"marca" ou "sinal" (gr. charagma) no Novo
Testamento em grego, encontram-se no Livro do Apocalipse, e todas se referem à
"marca da besta" (Ap 13.16,17; 14.9,11; 16.2; 19.20; 20.4). O Dr.
Thomas explica o significado desse termo na Antiguidade:
A marca
deve ser algum tipo de tatuagem ou estigma, semelhante às que recebiam os
soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os
seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para
mostrar que serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor
(221-203 a.C.) marcava com o desenho de uma folha de trevo os judeus que se
submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão ao deus Dionísio (cf. 3
Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar marcas para
tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf. Isaías 44.5), e também a
prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário
(cf. Gl 6.17). O termo charagma ("marca")
também era usado para designar as imagens ou nomes dos imperadores, cunhadas
nas moedas romanas e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da
besta colocado sobre as pessoas.[2]
Alguns se
perguntam por que foi usado um termo tão específico para designar a marca do
Anticristo. Essa marca parece ser uma paródia do plano de Deus, principalmente
no que se refere aos 144.000 "selados" de Apocalipse 7. O selo de
Deus sobre Suas testemunhas muito provavelmente é invisível e tem o propósito de
protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o Anticristo oferece proteção contra
a ira de Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e sua marca
é visível e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão
voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão certo orgulho de terem, em
essência, a Satanás como seu dono. O Dr. Thomas afirma: "A marca será
visível e identificará todos os que se sujeitarem à besta".[3]
Uma
Identificação Traiçoeira
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Verificação
da identidade pela leitura da íris. O Anticristo fará uso da moderna
tecnologia.
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Além de
servir como indicador visível da devoção ao Anticristo, a marca será a
identificação obrigatória em qualquer transação comercial na última metade da
Tribulação (Ap 13.17). Este sempre foi o sonho de todos os tiranos da história
– exercer um controle tão absoluto sobre seus vassalos a ponto de decidir quem
pode comprar e quem pode vender. O historiador Sir William Ramsay comenta que
Domiciano, imperador romano no primeiro século, "levou a teoria da divindade
Imperial ao extremo e encorajou ao máximo a ‘delação’; [...] de modo que, de
uma forma ou de outra, cada habitante das províncias da Ásia precisava
demonstrar sua lealdade de modo claro e visível, ou então era imediatamente
denunciado e ficava impossibilitado de participar da vida social e de exercer
seu ofício".[4] No futuro, o Anticristo aperfeiçoará esse sistema com o
auxílio da moderna tecnologia.
Ao longo
da história, muitos têm tentado marcar certos grupos de pessoas para o
extermínio, mas sempre houve alguns que conseguiram achar um meio de escapar.
Porém, à medida que a tecnologia avança, parece haver uma possibilidade cada
vez maior de bloquear praticamente todas as saídas. Essa hipótese é reforçada
pelo emprego da palavra grega dunétai –
"possa" (Ap 13.17), que é usada para transmitir a idéia do que
"pode" ou "não pode" ser feito. O Anticristo não permitirá
que alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a
implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o
dinheiro vivo como meio de troca. O controle da economia, ao nível individual,
através da marca, encaixa-se perfeitamente no que a Bíblia diz a respeito do
controle do comércio global pelo Anticristo, delineada em Apocalipse 17 e 18.
A segunda metade
de Apocalipse 13.17 descreve a marca como "o nome da besta ou o número do seu nome". Isso significa que "o número do nome da besta é absolutamente
equivalente ao nome, [...]. Essa equivalência indica que, como nome, ele é
escrito com letras; mas, como número, é o análogo do nome escrito com
algarismos".[5] O nome do Anticristo será expresso numericamente como
"666".
Calculando
o Número
|
O Anticristo não permitirá que
alguém compre ou venda se não tiver a marca, e o que possibilitará a
implantação desta política será o fato da sociedade do futuro não usar mais o
dinheiro vivo como meio de troca.
|
Nesse
ponto da profecia (Ap 13.18), o apóstolo João interrompe momentaneamente a
narrativa da visão profética e passa a ensinar a seus leitores a maneira
correta de interpretar o que havia dito. Uma leitura do Apocalipse demonstra
claramente que os maus não entenderão o significado, porque rejeitaram a Jesus
Cristo como Senhor e Salvador. Por outro lado, os demais que estiverem
atravessando a Tribulação receberão sabedoria e entendimento para que possam
discernir quem é o Anticristo e recusar a sua marca. A Bíblia deixa claro que aqueles
que receberem a marca da besta não poderão ser salvos (Ap 14.9-11; 16.2; 19.20;
20.4) e passarão a eternidade no lago de fogo. O fato de João usar essa
passagem crucial para transmitir sabedoria e entendimento aos crentes, com
relação a um assunto de consequências eternas, mostra que Deus proverá o
conhecimento necessário para que o Seu povo possa segui-lO fielmente.
Mas o que
essa sabedoria e esse conhecimento permitem que os crentes façam? A passagem
diz que podemos "calcular". Calcular o quê? Podemos calcular o número
da besta.
O
principal propósito de alertar os crentes sobre a marca é permitir que eles
saibam que, quando em forma de número, o "nome" da besta será 666.
Assim, os crentes que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for
sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão direita, deverão
rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a morte. Outra conclusão que podemos
tirar é que qualquer marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a
marca da besta que deve ser evitada.
Portanto,
não há motivo para os cristãos de hoje encararem o número 666 de forma
supersticiosa. Se o nosso endereço, número de telefone ou código postal incluem
esse número, não precisamos ter medo de que algum poder satânicos ou místicos
nos atingirá. Por outro lado, temos que reconhecer que muitos ocultistas e
satanistas são atraídos por esse número por sua conexão com a futura
manifestação do mal. Porém, o número em si não tem poderes sobrenaturais.
Quando um crente acredita nisso, já caiu na armadilha da superstição. A Bíblia
ensina que não há nenhum motivo para atribuir poderes místicos ao número 666.
A Carroça
na Frente dos Bois
Muitos têm
tentado descobrir a identidade do Anticristo através de cálculos numéricos.
Isso é pura perda de tempo. A lista telefônica está cheia de nomes que poderiam
ser a solução do enigma, mas a sabedoria para "calcular" o nome não é
para ser aplicada agora, pois isso seria colocar a carroça adiante dos bois.
Esse conhecimento é para ser usado pelos crentes durante a Tribulação.
Em 2
Tessalonicenses 2, Paulo ensina que, durante o presente era da Igreja, o
Anticristo está sendo detido. Ele será "revelado somente em ocasião
própria" (v.6). Ao
escolher a palavra “revelada”, o Espírito Santo quis indicar que a identidade
do Anticristo estará oculta até a hora de sua revelação, que ocorrerá
em algum momento após o Arrebatamento da Igreja. Portanto, não é possível saber quem é o Anticristo antes da
"ocasião própria". O
Apocalipse deixa bem claro que os crentes saberão na hora certa quem é o
Anticristo.
Como
apontamos acima, o Apocalipse não deixa dúvida de que durante a Tribulação
todos os crentes saberão que receber a marca da besta será o mesmo que rejeitar
a Cristo. Durante a Tribulação, todos os cristãos terão plena consciência disso
onde quer que estejam. Nenhuma das hipóteses levantadas no passado, ou que
venham a serem propostas antes da Tribulação, merece crédito.
Apocalipse
13.17-18 diz claramente que o número 666 será a marca que as pessoas terão que
usar na fronte ou na mão direita. Em toda a história, ninguém jamais propôs a
utilização desse número em condições semelhantes às da Tribulação, de modo que
todas as hipóteses já levantadas a respeito da identidade do Anticristo podem
ser descartadas.
O mais
importante nessa passagem é que podemos nos alegrar em saber que a
identificação do futuro falso Cristo ainda não é possível, mas o será quando
ele ascender ao trono. Com certeza, aquele a quem o número 666 se aplica é
alguém que pertence a uma época posterior ao período em que João viveu, pois
ele deixa claro que alguém iria reconhecer esse número. Se nem a geração de
João nem a seguinte foram capazes de discerni-lo, isso significa que a geração
que poderá identificar o Anticristo forçosamente estava (e ainda está) no
futuro. No passado, houve várias figuras políticas que tipificaram
características e ações desse futuro personagem, mas nenhum dos anticristos
anteriores se encaixa perfeitamente no retrato e no contexto do Anticristo do
final dos tempos. [6]
A Relação
entre Tecnologia e a Marca da Besta
Muitos têm
feito as mais variadas hipóteses sobre a marca da besta. Alguns dizem que ela
será como o código de barras utilizado para identificação universal de
produtos. Outros imaginam que seja um chip implantado sob a pele, ou uma marca
invisível que possa ser lida por um scanner. Contudo,
essas conjeturas não estão de acordo com o que a Bíblia diz.
A marca da
besta – 666 – não é a tecnologia do dinheiro virtual nem um dispositivo de
biometria. A Bíblia afirma de forma precisa que ela será:
- A marca do Anticristo, identificada com sua pessoa.
- O número 666, não uma representação.
- Uma marca, como uma tatuagem.
- Visível a olho nu
- Sobre a pele, e não dentro da pele.
- Facilmente reconhecível, e não duvidosa.
- Recebida de forma voluntária; portanto, as
pessoas não serão ludibriadas para recebê-la involuntariamente.
- Usada após o Arrebatamento, e não antes.
- Usada na segunda metade da Tribulação
- Necessária para comprar e vender
- Recebida universalmente por todos os nãos
cristãos, mas rejeitada pelos cristãos.
- Uma demonstração de adoração e lealdade ao
Anticristo
- Promovida pelo falso profeta
- Uma opção que selará o destino de todos os que
a receberem, levando-os ao castigo eterno no lago de fogo.
|
A marca da besta é uma opção que
selará o destino de todos os que a receberem, levando-os ao castigo eterno no
lago de fogo.
|
Talvez na
história ou na Bíblia nenhum outro número tenha atraído tanto a atenção de
cristãos e não cristãos quanto o "666". Até mesmo os que ignoram
totalmente os planos de Deus para o futuro, conforme a revelação bíblica sabe
que esse número tem um significado importante. Escritores religiosos ou
seculares, cineastas, artistas e críticos de arte fazem menção, exibem ou
discorrem a respeito dele. Ele tem sido usado e abusado por evangélicos e por
membros de todos os credos, tendo sido objeto de muita especulação inútil.
Frequentemente, pessoas que se dedicam com sinceridade ao estudo da profecia
bíblica associam esse número à tecnologia disponível em sua época, com o
intuito de demonstrar a relevância de sua interpretação. Mas, fazer isso é
colocar "a carroça na frente dos bois", pois a profecia e a Bíblia
não ganham credibilidade ou legitimidade em função da cultura ou da tecnologia.
Conclusão
O fato da
sociedade do futuro não utilizar mais o dinheiro vivo será usado pelo
Anticristo. Entretanto, seja qual for o meio de troca substituto, ele não será
a marca dos 666. A tecnologia disponível na época da ascensão do Anticristo
será aplicada com propósitos malignos. Ela será empregada, juntamente com a
marca, para controlar o comércio (como afirma Apocalipse 13.17). Sendo assim, é
possível que se usem implantes de chips, tecnologias de escaneamento de imagens
e biometria para implementar a sociedade ornamentária do Anticristo, como um meio
de implantar a política que impedirá qualquer pessoa de comprar ou vender se
não tiver a marca da besta. O avanço da tecnologia é mais um dos aspectos que
mostram que o cenário para a ascensão do Anticristo está sendo preparado.
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